Na medicina, uma das doenças mais antigas é a hanseníase, denominada pelos povos antigos como lepra, termo que objetivamente designa vários tipos de doenças da pele. A hanseníase, é causada pelo bacilo Hansen, Mycobacterium leprae, tipo de parasita que ataca a pele e os nervos periféricos, podendo afetar alguns órgãos internos como o fígado ou os olhos.
A hanseníase não é uma doença hereditária, mas é extremamente contagiosa, capaz de infectar outras pessoas através das vias respiratórias. Cerca de 3 a 5 anos é que dura o período de incubação do parasita. Inicialmente a doença se manisfesta através de manchas dormentes, com coloração esbranquiçada ou avermelhada. Logo as de lesões na pele em qualquer parte do corpo, possui aspecto de diferentes graus de sensibilidade, hipoestesia – diminuída, hiperestesia – aumentada e anestesia – ausente.
As lesões podem ser caracterizadas como manchas pigmentares ou discrômicas, presença na derme de edema e vasodilatação, pápula ou nódulo que evolui ao longo do tempo deixando cicatrizes e também por nódulos, lesões mais sólidas, elevadas ou não, com tamanho entre 1 a 3 cm.
Além das lesões, a hanseníase provoca alguns sintomas: dor e inchaço dos nervos periféricos, dor nas articulações, perda de sensibilidade nos olhos, nas pálpebras, mãos e pés e em muitos casos, causa ainda a perda de força muscular.
Pessoas com suspeita de hanseníase deverão passar por uma avaliação clínica, onde o médico irá verificar a necessidade de realizar outros exames. São aplicados testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos olhos, pernas, e dos braços. Se for necessário, também são recomendados exames laboratoriais, além de biópsia.
Os pacientes diagnosticados com hanseníase podem fazer seu tratamento nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma totalmente gratuita, autorizado pelo Ministério da Saúde. Comumente é empreendido o uso da poliquimioterapia (PQT), processo de tratamento que inclui doses de medicamentos como a dapsona, clofazimina e a rifampicina com uma administração específica e padronizada. A PQT destrói o bacilo tornando-o inepto, fazendo com que a doença deixe de evoluir, evitando as deformidades na pele e órgãos, além de anular todas as incapacidades do organismo, proporcionando a total cura do paciente.
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