Antônio Francisco Lisboa, mineiro filho do mestre de obras português, Manuel Francisco Lisboa com uma escrava chamada Isabel, ficou extremamente famoso por causa do seu enorme talento. Influenciado pela atividade de entalhamento que seu pai tivera, adquiriu gosto pela a arte, principalmente no seguimento escultural.
Nascido possivelmente em 1730, na Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, Antônio realizou inúmeras obras, que continham muita serenidade, harmonia e equilíbrio. Nessa época seu trabalho teve reconhecimento nas obras da Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões e a Igreja São Francisco de Assis, ambas situadas em Ouro Preto.
Aos 40 anos de idade, o artista começou a desenvolver uma doença degenerativa que afetou diretamente suas articulações, provenientes de alguma forte doença que não foi confirmada. Alguns acreditam que tenha sido lepra ou mesmo hanseníase, entre outras. O que se sabe é que esse problema foi deformando os membros de Antônio, e o mesmo passou a ser chamado de Aleijadinho, nome pelo qual adquiriu reconhecimento nacional e internacional.
Aos poucos Aleijadinho estava perdendo o movimento das mãos e dos pés, passou então a andar de joelhos, mas mesmo diante tantas dificuldades ainda se pôs a fazer sua arte utilizando as ferramentas amarradas nos punhos. A doença o acometeu quando ainda tinha apenas 40 anos de idade, a partir de então suas obras começaram a seguir uma tendência mais expressionista.
Durante sua carreira o mestre das artes esculturais, pode apresentar três tipos da arte barroca – o clássico, o rococó e o gótico. Os materiais que mais utilizava eram a madeira e a pedra-sabão, ideais para compor as esculturas. Provavelmente no ano de 1814, aconteceu a morte de Aleijadinho na mesma cidade em que nasceu, sabe-se que o artista findou-se abandonado pobre e muito doente. Somente vários anos depois suas obras foram reconhecidas devidamente a partir da Semana de Arte Moderna de 1922.
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